Tenho flagrados pensamentos, em pequena, de que tudo já estava pronto quando cheguei aqui. Prédios, ruas, hospitais, tudo o que via da janela do carro. Nada mais a construir.
E hoje, mesmo depois de ter testemunhado um mundo feito tão antes da minha chegada, nove séculos antes até, são insistentes as imagens de novas construções que, tijolo a tijolo, foram substituindo aqueles pensamentos de criança, esta que agora vê, além das coisas prontas, aquelas que se erguem sem limites. E insólitas, porém, e perdidas, porém, e sem rumo nem por que.
E vão formando um novo pensamento, de que se tem formado por aí um novo velho mundo, este mundo onde as novas coisas feitas sem propósito e mesmo assim com muita pressa se apertam - ou apertam - entre os própositos das velhas e lentas coisas, que, embora em ruínas, ainda mostram seus simbolismos, suas histórias, talvez sangue, talvez glórias, este mundo onde "tudo ainda é construção e já é ruína".
terça-feira, 15 de maio de 2007
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Um comentário:
E eis que o lúdico se perde em massa e concreto. Lamentemos juntos.
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