Como já escrevi sobre os graus negativos de quando cheguei na Espanha e sobre os agradáveis e floridos dias de primavera, e como não consigo escapar do fácil recurso de falar sobre o tempo, não tem como fugir, literalmente, da chegada de verão em Madrid.
A cidade ferve, também literalmente. Imagine um calor de 40 graus. Agora imagine este mesmo calor numa cidade com umidade mínima e nenhuma praia, nem cachoeira ou laguinho pra molhar os pés (ok, há chafarizes), o que, para uma carioca, é essencial em um fim de semana com dias de sol, que aparece quase todos os dias em Madrid.
Confesso que um ou outro dia me bateu uma certa angústia e sensação de sufocamento por não ter uma praia por perto, mas tô longe de reclamar do calor que se instalou definitivamente em Madrid. É so lembrar de como eu sofri debaixo de duas calças e cinco casacos há alguns meses e já me sinto no paraíso, mesmo que um paraíso sem praia nem ar condicionado. Tudo bem, tem as piscinas (amanhã vou em uma na casa de uma amiga, iupiii) e os tais chafarizes, em volta dos quais já disfrutei de agradáveis noites com boas conversas e música ao vivo.
Agora mesmo estou aqui na sala curtindo a brisa que entra da minha varanda, um dos pequenos prazeres da vida sobre os quais minha mãe acaba de me escrever, depois de eu ligar pra ela ontem à noite meio tristonha.
A noite, aliás, é efervescente em Madrid, em todos os sentidos. O primeiro, o óbvio, das pessoas, de todos os tipos e todas as idades, na rua durante toda a madrugada. Tudo bem que não curto muito esses botellones que a galera adora fazer aqui em Madrid (hábito de beber cerveja em garrafa com os amigos sentado em qualquer meio fio e que inclui meninas mega produzidas mas esparramadas no chão, falar alto e deixar a calçada bem emporcalhada), mas já escrevi aqui como amo as noite de verão. Ontem, por exemplo, peguei um ônibus noturno as 2h30 pra encontrar os amigos do master num bar, sem qualquer outra preocupação que não fosse encontrar o tal bar. Já hoje é o dia da Parada Gay em Madrid, que vai acontecer na Gran Vía, aqui perto da minha casa, e se estenderá por Chueca, o bairro gay e modernex da cidade.
Purpurinas à parte, o que também faz a noite de Madrid brilhar é a luz que vem da lua maravilhosa daqui e dos prédios clássicos como o Palácio Real, iluminados durante toda a madrugada. Incomparável, e só de olhar para essa iluminação, a da lua, a dos prédios e a do rosto das pessoas, já faz tudo valer a pena!
Bom, então tá registrado - aqui e nos jornais e telejornais espanhóis, que hoje destacam as praias lotadas na Andalucia e na Galícia, além dos casos de gripe suína, da queda no desemprego e do fechamento de uma central nuclear espanhola - e nas vitrines que anunciam as "rebajas": o verão chegou em Madrid. Por fin!!!
quinta-feira, 2 de julho de 2009
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3 comentários:
eheheh,viva! viva o calor(prá vc), viva a noite segura madrilhena e viva o "inverno" carioca que veio nos visitar nesse finde!
A piscina da universidade é muito boa (fica no campus, bem perto da faculdade de ccii). É grande, tem um gramadão e é mais bem frequentada que as dos bairros. Foi o que ajudou o aplacar o calorão que a gente sentiu aí.
Bjs,
Kaz
A piscina da universidade é muito boa (fica no campus, bem perto da faculdade de ccii). É grande, tem um gramadão e é mais bem frequentada que as dos bairros. Foi o que ajudou o aplacar o calorão que a gente sentiu aí.
Bjs,
Kaz
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